De Thomas Edison a Elon Musk: A Teimosia dos Gênios
Há uma linha tênue entre teimosia e genialidade. Ao longo da história, homens e mulheres que mudaram o rumo da humanidade foram, na maioria, vistos como obstinados demais, insistentes ao ponto da exaustão, quase cegos frente às críticas. Mas talvez seja exatamente essa característica — essa santa teimosia — que os distingue do restante da humanidade.
Rosivan Saldanha
4/6/20252 min ler


Thomas Edison, por exemplo, é lembrado por sua célebre invenção da lâmpada elétrica. Mas o que poucos destacam é que ele falhou mais de mil vezes antes de chegar a um modelo funcional. Quando questionado sobre esses "fracassos", Edison respondeu:
"Eu não falhei. Apenas descobri 1.000 maneiras que não funcionam."
Edison não era somente um inventor, mas um símbolo da perseverança. Sua teimosia não era caprichosa — era movida por uma convicção inabalável de que algo era possível, mesmo que ninguém mais enxergasse.
Avançamos no tempo e encontramos Elon Musk. Muitos o veem hoje como um bilionário excêntrico e gênio da tecnologia, mas é fácil esquecer que ele também foi ridicularizado inúmeras vezes. Seus projetos — como enviar foguetes reutilizáveis ao espaço, criar carros elétricos em escala comercial, ou até conectar cérebros humanos a máquinas — foram chamados de impossíveis, loucos, inúteis. E o que ele fez? Ignorou. Persistiu. Investiu até seu último centavo na SpaceX quando tudo estava prestes a ruir.
"Quando algo é importante o suficiente, você faz mesmo que as probabilidades não estejam a seu favor," disse Musk.
Esse tipo de teimosia ultrapassa o ego. Trata-se de uma convicção profunda, quase espiritual, de que aquilo que se busca vale a luta. Não é simplesmente querer provar algo ao mundo — é um compromisso com uma visão, uma missão, uma ideia que ainda não existe, mas que pode transformar tudo.
É curioso como o mundo rejeita inicialmente os teimosos, somente para depois chamá-los de visionários.
O que une esses gênios é a inteligência técnica, como também, a coragem de manter-se firme quando tudo e todos ao redor apontam na direção oposta. É a capacidade de sustentar o fogo interior mesmo quando a escuridão parece total.
E nós?
Quantas ideias enterramos por medo do ridículo? Quantos projetos abandonamos ao primeiro "não vai dar certo"? Talvez não sejamos gênios no sentido clássico, mas todos carregamos em nós alguma centelha que exige perseverança para se acender.
A história dos grandes inventores, empreendedores e pensadores nos lembra: não há revolução sem resistência, não há criação sem obstinação.
Então, da próxima vez que chamarem sua ideia de loucura… sorria. Você pode estar no caminho certo.
Você também pode se interessar:
A Ilusão do Sucesso Rápido: Por que Fracassar é Parte do Caminho? | Saldanha | Entre Aspas

